CASTILHO – A Igreja Matriz de Castilho recebeu cerca de 100 fieis na manhã desta quarta-feira para celebração da missa de Cinzas e abertura oficial da Campanha da Fraternidade 2021. O padre Paulinho refletiu sobre os tempos atuais e como a pandemia do novo coronavírus interferiu diretamente nas relações sociais e até mesmo na forma das celebrações litúrgicas.

Entretanto, motivou a comunidade que mantivessem a fé em Cristo para superar esse momento e quando tudo passar a Igreja vai precisar que essas pessoas estejam de pé para ajudar levantar aquelas que estiveram caídas pelo caminho.

“A gente percebe que o ritual litúrgico é o mesmo, mas o elemento novo aqui são vocês que viveram grandes experiências nesse período ou até mesmo que tiveram grandes perdas. O diferencial é você”, destacou o sacerdote durante a homilia.

Após reflexão do Evangelho, o padre abençoou as cinzas e colocou-as sobre as cabeças dos fieis.  Com a imposição das Cinzas, a Igreja inicia sua caminhada de conversão do coração para a Páscoa. Receber as cinzas tem como forte significado lembrar da condição humana, frágil, transitória e exposta a falhas e retrocessos. 

SÍMBOLOS CRISTÃOS – No momento da oração do Pai Nosso, o padre Paulinho citou dois símbolos cristãos presentes no Portal de Entrada de Castilho: a âncora e um timão. Segundo o sacerdote, os fiéis devem ter a âncora como símbolo para estarem sempre ancorados em Cristo e o timão para seguirem sempre na direção correta.

Durante o período quaresmal, que vai até Domingo de Ramos, o sacerdote disse que estará atendendo todas as quartas (9h) e sextas-feiras (14h). Esse atendimento será para confissões e/ou orientações espirituais aos que o procurarem.

CAMPANHA FRATERNIDADE -“Fraternidade e Diálogo: compromisso de amor” e o lema “Cristo é a nossa paz: do que era dividido, fez uma unidade”.

De acordo com o secretário-geral da CNBB, dom Joel Portella Amado, a campanha será voltada ao diálogo para a superação das polarizações e das violências que marcam o mundo atual, em especial no contexto da política e da pandemia de covid-19.

“O vírus, já tão letal em si mesmo, encontrou aliados na indiferença, no negacionismo, no obscurantismo, no desprezo pela vida. Sejamos portanto aliados na responsabilidade, na lucidez e na fraternidade”, disse durante o lançamento virtual da campanha.

O bispo explicou que o tema do diálogo é uma continuidade da campanha de 2020, sobre cuidado mútuo entre as pessoas, e não se trata de “querer que todos pensem do mesmo modo”, mas de perceber que a diferença é convite ao diálogo.

“Perplexas pela pandemia, as igrejas que compõem o Conic e algumas igrejas observadoras uniram-se e identificaram nesse tema a mensagem que o nosso tempo necessita. É triste ver que nosso tempo vem apresentando a marca da radicalização, da polarização e desrespeito às pessoas, em especial às mais simples e vulnerabilizadas”, disse.